O ministro do TST, Guilherme Caputo Bastos, defende que a CLT não atende às relações trabalhistas de muitos atletas.

 Com a proximidade de o Brasil sediar grandes eventos esportivos - a Copa do Mundo de Futebol, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016 -, as relações trabalhistas entre atletas e clubes estão cada vez mais em pauta. Em entrevista à TV TST exibida em agosto de 2012, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Guilherme Caputo Bastos (foto) defende que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não atende às relações trabalhistas de muitos atletas. "A CLT, em certos aspectos, é absolutamente incompatível com a realidade do jogador de futebol", afirmou o ministro.

 
O ministro considera essencial a elaboração de uma lei para tratar especificamente de jogadores de futebol. Segundo ele, muitos dos dispositivos da CLT não poderiam ser aplicados na relação de trabalho entre clube e jogadores. Questões como os motivos para rompimento de contrato e o descanso semanal remunerado são pontos da CLT que, no entender do ministro, não têm qualquer compatibilidade com o trabalho do jogador profissional.