REGINALD DELMAR HINTZ FELKER, faleceu no dia 26 de abril passado, aos 84 anos, no hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, depois de lutar contra um mieloma múltiplo por quase dois anos. Professor fundador das Faculdades de Direito de Santo Ângelo e de Cruz Alta. Lecionou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde foi jubilado, bem como na Escola Superior da Magistratura Trabalhista.

 

Atuou como Promotor Público durante trinta anos. Advogou até junho de 2015, quando a doença lhe tolheu o exercício profissional. Advogado por excelência, tendo laborado por 60 anos, encontrou na Justiça do Trabalho campo fértil para desenvolver sua luta em prol de uma verdadeira Justiça Social, que era seu ideal e bandeira que carregou por décadas. 

Presidiu a Associação Gaúcha dos Advogados Trabalhistas, AGETRA, tendo sido seu sócio fundador, em outubro de 1971.

Em 1988, na qualidade de Presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (ABRAT), que ajudou a fundar em 1978, foi ouvido perante a Comissão dos Direitos Sociais na Assembleia Nacional Constituinte, onde levou a posição dos Advogados Trabalhistas Brasileiros, sobre o que a categoria entendia que deveria constar na carta que estava sendo escrita (a mesma, por sinal, que agora está sendo jogado no lixo).

Sonhava com a união da Latino América, e com um Direito Social aplicável aos países membros do Mercosul, tendo redigido as “ Bases Constitucionais para América Latina Y Caribe“, juntamente com Sarthou do Uruguai e Rodolfo Capon Filas da Argentina, tendo sido o primeiro Presidente da Coordinadora Latino Americana De Abogados Laboralistas.

Durante toda sua vida profissional, esteve envolvido com as entidades de classe da advocacia, tendo sido Conselheiro Estadual da OAB/RS em três gestões e Conselheiro Federal em duas. Sempre esteve alerta e pronto para defender as prerrogativas, o respeito e a valorização dos advogados enquanto categoria. 

Detentor da Comenda Oswaldo Vergara, outorgada pela OAB/RS, Comenda José Martins Catharino, concedida pela ABRAT e Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho no grau de Comendador, outorgada pelo Tribunal Superior do Trabalho. Quando lhe pediam o curriculum, para ser lido antes de algum evento, ele sempre dizia orgulhosamente: ADVOGADO TRABALHISTA MILITANTE. 

Deixou a esposa Bernadete Kurtz, os filhos Dóris Alba Pithan Felker, Dagmar Aneliese Pithan Felker, Régis Delmar Pithan Felker, Dulce Andréa Pithan Felker Azcurrain, Waleska Kurtz Felker, Igor Kurtz Felker e Irene Zamboni; os netos Lali Felker de Curtis, Carolina Felker Moraes e Yuri Zamboni e o bisneto João Pedro Curtis Lass